quarta-feira, 3 de julho de 2013

S.A.L.


Acabou o SAL, Surf at Lisbon. Foi mais um grande festival de cinema de surf, que teve azar em calhar num dos fins de semana mais quentes deste verão, e ter que concorrer com o surf fest na ericeira, concertos em Lisboa, out-jazz (que mais parecia um out-reggae mas enfim) e campeonato nacional de surf em Peniche. Penso que a nota foi positiva mais uma vez e espero que para o ano que vem haja mais apoios ao festival. Quando falo de apoios não me refiro apenas a "emprestar" os logótipos para o cartaz, digo que é preciso apoiar com a presença no cinema e divulgar. Foram uma boa surpresa as curtas do Morgan Massen, e o filme do Ryan Lovelace (shaper californiano). Para mim a deslilusão do festival foi mesmo a longa do Garret Macnamara, e já sei que me vai cair tudo em cima. Mas para uma produção que mete helicópetros e todo o material que é necessário para fazer um grande filme, acho que ficou muito aquém do desejado, fazendo lembrar uma peça de reportagem da RTP. Excesso de dramatismo, imagens redundantes outras com excesso do velho truque de grandes aberturas e o foca desfoca constante, que na maior parte das vezes não tinha razão de ser. Além do mais, depois das últimas sessões da Nazaré com o António Silva este filme acaba por ter um sabor um tanto ou quanto desactualizado. Um grande aplauso ao concerto da Kika Santos, que com uma plateia vazia e a maior parte das pessoas encostada às paredes, teve forças para puxar pelo pessoal e oferecer cravos a toda a gente. Para o ano estamos de volta com mais SAL de certeza. Até lá aproveitem este fim de semana para dar um pulinho à Ericeira para outro festival de cinema de surf, O Portuguese Surf Film Fest.