terça-feira, 9 de dezembro de 2014
A FEIRA POPULAR
Este fim de semana, resolvi dar um pulinho à nova feira Popular. Tinha-a sobrevoado sábado e bateu aquela nostalgia de revisitar um sitio mitico de Lisboa. Até chegar à porta tudo bem, as luzes estavam lá, via-se a roda quase gigante a rodar e o que prometia ser uma noite à antiga revelou-se uma decepção. Decepção não pela noite mas pela feira em si. Há não sei quantos anos desmancharam a Feira Popular, não sei porquê mas devia andar a fazer comichão a alguém ($$$), tudo bem que era um sitio meio javardolas e mal arranjado, mas tinha alegria para dar e vender e era sempre uma boa opção para jantaradas com os amigos. Hoje em dia, acho que só abre no mês de Dezembro e Janeiro, com um terço do tamanho que tinha. As casas que existiam foram todas demolidas e qualquer parecença com o que era é mesmo feito com muito imaginação. Há meia dúzia de carroceis, alguns de antigamente, existe uma barraca para comer, os carrinhos de choque e de resto qualquer feira de aldeola dá um grande baile a esta. É triste porque mataram um espaço que era "nosso" para ali fazerem zero. 300 dias por ano aquilo está ao abandono e para assim ser mais valia continuar como estava. No entanto, há coisas que não mudam, a chungaria continua a comparecer em peso, principalmente nos carrinhos de choque e as pessoas que vendem os bilhetes parece que pararam no tempo e acordaram outra vez com as mesmas roupas e tudo. Fora isso, tudo mudou e para pior. Valeu o teste à nova lente fuji 35mm 1.4 e ter-me lembrado de todos os bons momentos que lá passei. Outra coisa engraçada, foi ter ido com uma miuda de 12 anos que nunca tinha ouvido falar na Feira Popular, ela gostou... Mas não lhe consegui explicar o significado tão grande que aquilo tinha para nós. E é assim, aos poucos vamos perdendo as coisas que tão felizes nos fizeram.
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1 comentário:
Há uns anos atrás tive o mesmo choque que tu, e pelo teu post nada se fez para melhorar...
Ainda me lembro que era dos poucos sítios onde podia ir passear sozinha com os meus amigos e sentia-me "adulta" e das carradas de algodão doce!
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