sexta-feira, 29 de abril de 2016

A ESCOLA, A EDUCAÇÃO, A REVOLUÇÃO


Depois de ver este excerto do novo documentário de Michael Moore sobre a educação na Finlândia voltei a um tema que sempre me ocupou a cabeça, o nosso sistema educacional e merda que ele é. Aliás bastou-me ter sido estudante uma porrada de anos, ter passado sempre, concluído um curso superior e não me lembrar de quase nada para perceber que alguma coisa está mal na maneira como se ensina. Lembro-me de um professor de Filosofia que tive, que realmente me marcou pela forma como ensinava, de resto... Tenho sérias dúvidas. No secundário, abusa-se da autoridade, somos putos e os professores acham-se intocáveis, não nos querem perceber e acham que somos todos iguais, não se motiva um aluno de maneira diferente de outro... não interessa, matéria dada, TPC's passados e siga para bingo. Na universidade, já é tudo adulto e a balda é total, aliás foram os melhores 4 anos de férias que tive, muito por culpa de professores que nem no mercado de trabalho estavam, por nos obrigarem a fazer trabalhos com técnicas que se usavam 40 anos antes e não nos explicarem para o futuro. Aliás 90% deles nem para o presente nos conseguiam motivar, já agora estudei no IADE, uma suposta universidade criativa, hahahahhahahaha que ridículo pensar nisso a esta distância. Hoje em dia tenho um filho com 7 meses e preocupa-me como vai ser a educação escolar dele. Tenho uma adolescente de 14 em casa e vejo bem a anormalidade que se faz nas escolas. Um simples exemplo é que numa disciplina supostamente criativa (EVT) uma miúda que faz uma capa da pasta de trabalhos diferente da que a professora escolheu, tem negativa... Se a professora justifica porque ela não pode usar a capa que desenhou? claro que não justifica porque para ela a sua palavra é uma ordem não é uma orientação. Os miúdos devem interrogar, devem ter dúvidas, devem procurar caminhos diferentes!! só assim se encontram.. Eu vejo bem a quantidade de TPC que os putos trazem, vejo bem o peso que carregam todos os dias às costas com a quantidade de livros e cadernos, vejo bem que pouco tempo livre lhes resta para brincar, no entanto na ultima reunião de pais uma mãezinha pediu à professora de matemática para dobrar a dose de TPC's porque a filha não está a aprender, resultado.. mais trabalhos para todos os alunos. Eu quero acima de tudo que o meu filho seja feliz, que aprenda valores em vez de empinar matéria, que corra, brinque e ria até mais não, que saiba que é muito importante estudar, tanto quanto se sujar todo de terra e rasgar os joelhos. Quero que ele tenha prazer em aprender, porque na verdade aprender é o melhor que há e tem de ser feito com prazer. Quando olho para a nossa sociedade parece-me tudo ao contrário, todos querem os filhos uns génios, obedientes e que dêem pouco trabalho, todos vivem na ilusão que quanto mais apertarem com os putos melhor profissionais vão ser no futuro... esquecem-se que às vezes o importante é jantarem sem a tv ligada e conversarem sobre o dia que passou... Que mais que lhes dar um ipad ou iphone para a mão (que admito ser inevitável a um certo ponto) é muito melhor sentar no chão e brincar com eles. Se queremos uma sociedade a sério, com valores, com entreajuda, podemos começar pela educação, não?

1 comentário:

CAP CRÉUS disse...

Havia tanto para dizer sobre este tema...Mas tanto...