terça-feira, 23 de julho de 2013

JORNAL DO SURF 1985


Cada vez mais acho que nada é por acaso nesta vida. Nem as pessoas que conhecemos, nem os empregos que temos nem as coincidências nem as vontades. Acredito e gosto de acreditar que tudo tem um propósito e nós só temos de manter o pensamento positivo e acreditar. O acreditar é a chave de tudo. Tenho a sorte de o meu pai ser fotógrafo e ter registado a minha vida toda em fotografia e tive a sorte de a minha mãe ter guardado a maior parte dos meus escritos e desenhos de infância. Postais, cartas, rabiscos, bilhetes, está tudo guardadinho em caixas, quais caixas de pandora. Este fim de semana andei a vasculhar algumas coisas, a sensação é sempre a de um regresso ao passado, um bom regresso, não aquele regresso melancólico. Num desses regressos a 1985 (tinha eu 9 anos), encontrei uma revista de surf que paginei em conjunto com o Ricardo, um colega meu. Lembrava-me perfeitamente disto mas não a via há 20 anos seguramente. Aos 9 anos eu ainda não surfava mas pelos vistos o bichinho do surf estava-me a estudar e 3 anos depois mordeu mesmo. Também estava longe de pensar o que ia ser quando fosse grande, mas pelos vistos o bicho design também já lá andava a rondar. O break Dance estava na berra e a maconde ainda existia. O Bruce Springsteen era o homem do momento (provavelmente com o "born in the USA") e os eléctricos estavam no seu auge do descarrilamento na curva da Boa-hora. Este foi o meu primeiro trabalho editorial, que muito orgulho me dá, principalmente por perceber agora, que se calhar foi o primeiro degrau de uma longa escadaria, que não tem fim à vista. Quantos ao erros ortográficos... bem, o redactor era esse tal de Ricardo! ahahhahahahahhahah

1 comentário:

CAP CRÉUS disse...

Bastante curioso.
Eu quando era puto só desenhava Navios, mas nem por isso segui a vida do meu Pai. :-)